O projeto transfronteiriço “Green Hospitals” tem apoio de fundos europeus e junta hospitais portugueses e espanhóis para implementar soluções que tornem o setor da saúde mais sustentável e menos poluente.
O valor total do projeto é de 2,5 milhões de euros, cofinanciado em 75% pelo FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, através do POCTEP 2021-2027 – Programa de Cooperação Transfronteiriça Espanha-Portugal.
Sendo os hospitais grandes consumidores de energia, com características especiais de consumo ininterrupto e necessidade de segurança e qualidade do fornecimento energético, o projeto Green Hospitals visa melhorar a eficiência energética do setor ibérico da saúde.
O consórcio agrega entidades portuguesas como a APAH, as unidades locais de saúde (ULS) de Trás-os-Montes e Alto Douro, Coimbra e Algarve e a Rede Nacional de Agências de Energia (RNAE) e as espanholas Agência de Energia de Castilla e Leão (EREN) e a Agência de Saúde da Galiza (SERGAS).
Os parceiros reuniram-se, a 25 de setembro, na ULSTMAD, em Vila Real, num encontro subordinado ao tema “Melhorias na sustentabilidade hospitalar para um amanhã mais saudável” e em que se fez um ponto de situação do projeto.
O objetivo geral dos Hospitais Verdes é melhorar a eficiência energética no setor da Saúde Ibérica, seguindo as orientações de um objetivo SMART (Específico, Mensurável, Alcançável, Relevante e Calendarizado), implementando medidas e tecnologias inovadoras nos hospitais ibéricos.
O objetivo é que os hospitais se tornem mais sustentáveis sem comprometer a qualidade dos cuidados de saúde e as soluções passam pela eficiência energética, através da implementação de centrais de cogeração ou painéis solares, pela substituição de janelas e melhoria do isolamento das instalações.
Passam também pela poupança no consumo de água e pela produção de resíduos, estando em discussão o uso de material descartável, que é muito comum nos hospitais e contribui também para a poluição ambiental.
No âmbito do projeto ibérico, a ULSTMAD dispôs ainda de cerca de 300 mil euros que aplicou na instalação de uma unidade de arrefecimento de água e ar e numa rede de monitorização.
Fonte: POCTEP/Observador