O projeto RA3I – Rock Art Analysis with Artificial Intelligence pretende transformar a forma como se estuda e preserva o património rupestre, com apoio do Programa COMPETE 2030.
Liderado pela Techframe, com a colaboração do Instituto Politécnico de Tomar e do Instituto Terra e Memória, o projeto aposta na aplicação de tecnologia de ponta com inteligência artificial, para acelerar e melhorar a análise de gravuras e pinturas rupestres.
Inovação no património rupestre
Num contexto de rápida deterioração da arte rupestre, por pressão urbana e poluição, e devido ao trabalho especializado minucioso e moroso necessário à sua classificação e preservação, o projeto RA3I, representa um investimento de 1.463 milhões de euros, cofinanciado pelo COMPETE 2030.
Este sistema visa automatizar processos que, até agora, consumiam anos de trabalho manual por parte de arqueólogos.
O sistema inovador recolhe imagens do terreno, que depois são analisadas por algoritmos de Deep Learning, capazes de identificar, classificar e catalogar motivos rupestres.
Segundo Carlos Mora, CEO da Techframe, “o financiamento conseguido através do COMPETE 2030 possibilitou o investimento num projeto de grande risco tecnológico, devido à enorme dificuldade em criar um processo automatizado, com a intervenção opcional, mas não necessária do arqueólogo responsável pelas imagens processadas, com o objetivo último de chegar a um produto comercial.”
Este projeto representa uma resposta direta às limitações das técnicas tradicionais de catalogação, que continuam a dominar o setor há décadas. A automação, combinada com inteligência artificial, pode fazer em horas o que, até recentemente, levava anos.
Além de acelerar o estudo e a classificação, também contribui para a proteção de sítios ameaçados pela ação do tempo e do homem.
A aplicação desta tecnologia tem potencial para uma forte repercussão internacional, posicionando Portugal na linha da frente da inovação na área do património arqueológico.
Fonte: Compete2030

